A música que me inspirou foi Love Somebody do Maroon 5, mas acho que a história não tem basicamente nada em comum com a música. Só coloquei-a porque essa música é tipo o hino dos Shippers de Lukarol.
Espero que gostem!
~~
Luke sentou-se na Colina Meio Sangue e apoiou as costas em uma árvore. Não era a árvore de Thalia. Ele nunca se
atreveria a aparecer ali novamente do que aconteceu no passado. Seu lugar de
descanso tinha vista para o mar e o bonito pôr do sol.
I know your inside, you're feeling so hollow
Luke
Castellan suspirou. Ele realmente se sentia muito mal. Vários bons
semideuses tinham morrido por sua causa, Annabeth e Thalia não confiavam mais
nele e a garota por quem seu coração batia quase não olhava na sua cara.
O Acampamento Meio Sangue o tinha recebido de braços abertos
após a Segunda Guerra dos Titãs, mas Luke podia ver claramente que seus
sorrisos eram falsos e que as pessoas que apertavam sua mão gostariam de
queimá-lo vivo. Luke não as culpava, ele era um verdadeiro filho de górgona por
tudo que tinha feito.
Ele ouviu o som de passos e soube que era ela, antes mesmo
de ouvir sua doce voz.
- Luke Castellan, sua biscate oxigenada, trouxe as batatas
fritas?
And it's a hard pill for you to swallow
Ela sentou-se ao seu lado enquanto Luke a entregava o pacote
de batatas fritas. Caroline Stair não era uma garota que passava despercebida,
nunca tinha deixado os pensamentos de Luke desde o primeiro dia em que se
conheceram (Caroline quase acertou uma flecha no olho de Luke).
Lembrar-se do dia que se conheceram foi um tanto
melancólico. Tinha sido há tantos anos atrás. Eles tinham quatorze anos, agora
tinham vinte e poucos anos. Quando
o tempo tinha passado tão rápido?
Desde que Caroline salvara sua vida no Olimpo durante a
revolta dos titãs algumas semanas atrás, ela não dirigia nem uma só palavra a
ele. Luke só conseguiu que ela se encontrasse com ele hoje porque ofereceu
batata frita.
Luke olhou
de canto para Caroline. Ela comia alegremente as batatas fritas enquanto
olhava para o pôr do sol. O filho de Hermes inspirou fundo, tentando arrumar
coragem para tentar falar.
- Caroline?
- Sim? – ela perguntou engolindo as batatas.
- Eu... – Luke coçou a nuca – Ér... Você...
- Diga logo – mandou Carol impaciente.
- Você está
me ignorando?
Carol parou
e o encarou descrente. Que olhos
bonitos, pensou Luke.
But if I fall for you
I'll never recover
- Não estou te ignorando, otário – ela respondeu com toda a
sua educação. Caroline recostou-se na árvore e os ombros da filha de Apolo e do
filho de Hermes se tocaram.
- Mas... – Luke balançou a cabeça – Droga, Caroline. Porque
nunca deixa as coisas mais fáceis para mim?
Ela riu e jogou o cabelo ruivo para trás do ombro.
- Acostume-se, Cicatriz – disse Carol – Eu nunca vou deixar
as coisas mais fáceis para você.
If I fall for you
I'll never be the same
Luke riu e Carol o acompanhou. Eles ficaram em silêncio por
um momento, ela abraçou suas próprias pernas.
Estava na hora, Luke sentiu isso em seu estomago. Mas sua
garganta estava seca e as mãos estavam molhadas com suor. Ele as enxugou na
calça e pigarreou.
- Então, eu queria te perguntar uma coisa – Luke disse – Mas
jure pelo Estige que não vai rir nem me bater.
- Não vou prometer nada.
- Prometa!
Ela revirou os olhos.
- Prometo pelo Estige e blábláblá... – trovões soaram.
- Caroline, você... – ele respirou fundo – Você quer namorar
comigo?
Caroline ficou sem expressão. Luke temeu que ela fosse
quebrar o juramento e iria espancá-lo até a morte, e quando Hades surgisse
dizendo que ela quebrara um juramento sagrado, Caroline espancaria Hades
também. Ela era bem capaz disso.
I really wanna love somebody
I really wanna dance the night away
I know we're only half way there
But you can take me all the way
You can take me all the way
I really wanna touch somebody
I think about you every single day
I know we're only half way there
But you can take me all the way
You can take me all the way
- Luke – Caroline disse seu nome como se fosse uma coisa
terrivelmente séria – Nós... Não podemos.
- Eu sou um traidor, eu sei – Luke fez um gesto de desprezo
com a mão – Mas a culpa é sua!
- Minha?! – Caroline levantou-se estupefata.
- É! Se você não fosse tão legal, ou tão bonita, ou nem tão
talentosa, talvez eu não gostasse de você! – Luke exclamou também ficando de pé.
Agora ele estava bravo. Porque
Caroline não podia ser simplesmente normal? Ela só tinha que dizer “Sim, Luke,
quero namorar com você” ou “Não, Luke, você é um otário”. Seria tão difícil
assim? – Se você não fosse tão… Tão… Tão…
- Tão?
- TÃO RUIVA! – Luke gritou – DROGA, CAROLINE, SEU CABELO
RUIVO É DEMAIS!
Caroline o encarou como se ele tivesse drogado. Luke tinha
total certeza que ela ia jogá-lo para os tubarões, mas ela simplesmente puxou a
frente de sua camiseta e deu-lhe um beijo. Foi como quando Luke mergulhou no
Estige, pensou que estivesse se dissolvendo.
Luke encostou Caroline contra uma das árvores e Carol
abraçou seu pescoço. Tudo estava perfeito. Nada poderia estragar aquele
momento, e nada...
- Sua vadia, pare de me empurrar! – ouviram o sussurro
irritado. Caroline e Luke se separaram ofegantes.
- Você que está na minha frente! – respondeu outra voz.
- Calem a boca – mandou outra voz – Quero continuar vendo os
dois se agarrando, que droga!
Caroline fechou os punhos e disse furiosa:
- Saiam detrás desse arbusto antes que eu as mate.
Três garotas surgiram das árvores. Claro que Luke as
conhecia. Eram Carollyn Black, a filha de Hécate, Mari Guimaraens, a filha de
Atena, e Debby Abadeer, a filha de Poseidon.
- Oi – acenou Carollyn com um sorriso sem graça – Podem continuar
se agarrando. Se foram tirar suas roupas, nos avisem. Precisamos filmar para vender ao Chalé 11.
- Eu sou do Chalé
11! – exclamou Luke.
- Seus irmãos são pervertidos – disse Debby dando de ombros.
- Nós nunca estivemos aqui – Mari voltou a tentar se
esconder nas sombras da árvore, mas Caroline avançou e segurou Mari e Carollyn
pelas orelhas, fazendo ambas soltarem um “Ai!”. Debby saiu correndo gritando “QUEM
SHIPPA E CORRE PODE SHIPPAR OUTRO DIA!”.
- Vou fazê-las sofrer – prometeu Caroline – Vou jogá-las no
Chalé de Afrodite para serem usadas como manequim!
- Tudo por Lukarol! – gritou Carollyn. A filha de Apolo
puxou sua orelha e ela soltou um palavrão em grego. Talvez seja melhor eu não
traduzir.
Caroline saiu arrastando as duas.
- Espera, Caroline! – Luke disse – Eu... Você não respondeu
a minha pergunta.
A ruiva o olhou e soltou as duas garotas. Elas saíram correndo
dando gritos de guerra como “LUKAROL!” e “NUTELLA!”.
- Eu te encontro aqui daqui a meia hora, não se atrase –
Caroline disse colocando as mãos na cintura – E sobre a sua pergunta,
Castellan, eu aceito. Mas quero mais batatas fritas.
- Todas as batatas fritas do mundo por você, meu amor – Luke
fez uma reverência teatral.
Aparentemente, aquilo fora romântico, porque Caroline corou tanto que suas sobrancelhas vermelhas quase sumiram. Ela saiu
andando pela floresta atrás de suas amigas retardadas, deixando Luke sozinho e com o coração quase saltando do seu peito de tanta felicidade.
Agora Luke tinha o que fazer. Ele precisava ir se arrumar. Tinha um encontro com uma ruiva.
(Eu ia escolher só um desses gifs, mas eles são tão awn! Lukarol é vida)
~~
Gostaram? Bem, provavelmente nós sofreremos ataques da R (longa história), mas como eu já disse: TUDO POR LUKAROL!
Até a próxima, shippers!